Prefeita Sheila Lemos propõe novo empréstimo de R$ 400 milhões e reacende debate sobre endividamento de Vitória da Conquista

A prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos, anunciou que enviará à Câmara Municipal um projeto de lei solicitando autorização para contrair um novo empréstimo no valor de R$ 400 milhões. A proposta, que ainda será analisada pelos vereadores, reacende preocupações sobre o crescente endividamento do município.

Vitória da Conquista já possui compromissos financeiros significativos, como os contratos firmados com o programa Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento), da Caixa Econômica Federal. Esses recursos foram utilizados em obras de infraestrutura urbana, mas também geraram parcelas que impactam diretamente o orçamento municipal.

Desde a gestão do ex-prefeito Herzen Gusmão, o município vem acumulando empréstimos que, somados, representam uma carga financeira considerável para os cofres públicos. A continuidade dessa prática levanta questionamentos sobre a sustentabilidade fiscal da cidade e os riscos de comprometer investimentos futuros em áreas essenciais como saúde, educação e assistência social.

Especialistas alertam que, embora empréstimos possam ser instrumentos legítimos para fomentar o desenvolvimento, o uso recorrente e sem planejamento estratégico pode levar ao endividamento excessivo. Isso pode limitar a capacidade de investimento da prefeitura e gerar dependência de recursos externos para manter serviços básicos.

Responsabilidade da Câmara Municipal

Diante da nova proposta, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista tem um papel crucial. Cabe aos vereadores analisar com profundidade os impactos financeiros e sociais do projeto, ouvindo técnicos, especialistas e a população. É fundamental que a decisão seja pautada pelo interesse coletivo, e não por pressões políticas ou interesses particulares.

A sociedade conquistense acompanha com atenção esse debate, ciente de que decisões tomadas hoje podem definir o futuro da cidade nos próximos anos. Transparência, responsabilidade fiscal e compromisso com o bem público devem ser os pilares dessa discussão.