Brasília: Influenciadoras, Política e Dinheiro – O Mercado Secreto de Encontros e Negociações

A capital da República Brasileira, palco de intensa atividade parlamentar, revela uma trama obscura que envolve sexo, poder e quantias exorbitantes de dinheiro. Esse mercado exclusivo é frequentado por políticos de alto escalão e magnatas do cenário empresarial de Brasília, onde influenciadoras nas redes sociais desempenham um papel central na negociação de encontros íntimos e cargos comissionados em diversas instâncias do setor público.

Em cenários que lembram jantares de articulação política, futuros empregadores barganham posições de confiança com generosos salários – financiados com fundos públicos. Sob a penumbra de ambientes requintados, essas transações envolvem uma espécie de acordo entre as influenciadoras e os homens influentes, indo além de um simples encontro íntimo.

Muitos anos atrás, esse cenário era comum nas altas esferas do poder, onde belas prostitutas de luxo eram requisitadas por políticos, principalmente durante viagens. No entanto, os tempos mudaram e deram lugar a uma nova geração de “influenciadoras do sexo”. Essas jovens, com presença expressiva nas redes sociais, não buscam apenas trocar relações íntimas por dinheiro, mas também cargos e prestígio no governo, seja no Executivo ou no Legislativo.

Essas ambiciosas “influenciadoras do sexo” aspiram a um estilo de vida luxuoso, incluindo viagens internacionais, carros de luxo e roupas de grife. Além disso, agora, políticos e empresários não precisam recorrer a cafetinas para intermediar seus encontros com garotas de programa. Algumas mulheres especializadas facilitam os encontros entre os “contratantes” e as influenciadoras que se destacam nas redes sociais.

Essas intermediárias, conhecidas como “patroas”, organizam os encontros em locais sofisticados, escolhendo o dia da semana e a hora em que as influenciadoras estarão presentes. Os detalhes são compartilhados discretamente por canais de comunicação exclusivos no WhatsApp, Telegram ou Instagram, através de mensagens diretas.

Aparentemente, existe um padrão entre essas influenciadoras, onde os políticos brincam que elas precisam atender a três requisitos básicos: cintura fina, pele impecável e cabelos bem cuidados. O restante é negociável, de acordo com uma fonte próxima ao esquema.

A influência dessas mulheres é notável, uma vez que seus perfis nas redes sociais servem como vitrines para seus clientes em potencial. As fotos e os vídeos frequentemente retratam viagens a locais paradisíacos, passeios por destinos turísticos de luxo e momentos de descontração em resorts de alto padrão. O que chama a atenção é que, na maioria das vezes, essas influenciadoras aparecem sozinhas ou apenas com taças de vinho, dando a entender que estão acompanhadas por figuras misteriosas.

Durante as “pescarias”, termo utilizado para descrever quando as influenciadoras frequentam restaurantes e bares em busca de clientes, grupos delas ocupam mesas estrategicamente posicionadas para ter uma visão privilegiada de quem chega ao estabelecimento.

Além dos encontros casuais, há também abordagens planejadas com antecedência, onde um verdadeiro book digital é enviado por aplicativos de mensagens pelas “patroas”. Esse material inclui uma seleção de fotos sensuais das influenciadoras envolvidas no esquema, posando de biquíni ou com roupas provocantes, para impressionar os clientes. Políticos, banqueiros e empresários de sucesso em Brasília e em outras partes do país recebem esse “book” das influenciadoras do sexo.

A coluna teve acesso ao Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) e confirmou que algumas dessas influenciadoras ocupam cargos comissionados no governo do Distrito Federal, bem como em postos de confiança na Câmara Legislativa e no Congresso Nacional. No entanto, nem todas conseguem garantir empregos públicos e, portanto, dependem das transações para sustentar seu padrão de vida luxuoso. Os preços desses encontros variam entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil por noite.

Durante a apuração, uma jovem que recebeu propostas sexuais em troca de cargos públicos revelou detalhes da relação entre as influenciadoras e os parlamentares na Câmara e no Senado. “As garotas se escondem sob esse falso véu do empreendedorismo digital e se dizem influenciadoras. Elas ajudaram a transformar as duas Casas nos maiores centros de prostituição que existem em Brasília”, disse ela.

Por medo de retaliações devido a seu trabalho contínuo no Congresso, a jovem preferiu manter o anonimato, mas compartilhou prints de mensagens trocadas entre ela e um parlamentar.

Veja os artifícios usados pelas influenciadoras do sexo para mascarar a renda obtida com programas

Fonte: metropoles.com