Polícia
Primo e Operador de Miliciano Proeminente no Rio de Janeiro é Detido na Operação Policial

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve André Felipe Mendes, primo e operador financeiro de Danilo Tandera, um dos milicianos mais procurados do estado, que opera em Ramos, na zona norte da cidade. A notícia foi anunciada pelo governador Cláudio Castro (PL) em suas redes sociais. De acordo com a publicação, essa prisão representa um “duro golpe na milícia”. André já estava sob investigação, e contra ele havia um mandado de prisão pendente. Mais cedo, Castro informou que um plano de contingência foi ativado no estado para garantir a segurança da população, que ficou amedrontado com os ataques ocorridos na última segunda-feira (23).
Castro declarou que os setores de inteligência não receberam mais informações sobre novos episódios de violência. Entretanto, ressaltou que, até que haja certeza de que a situação está sob controle, o patrulhamento nas ruas permanecerá reforçado.
“A gente continua em estado máximo de alerta, minha orientação é para toda a força do Rio de Janeiro na rua. Viaturas, carros, blindados, helicópteros, drones, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar. Administração penitenciária também com nível máximo de cuidado e de alerta, e até estarmos totalmente estabilizados assim que for a nossa postura”, disse o governador em entrevista coletiva mais cedo.

Ao longo do dia, o governador se reuniu com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. Segundo Castro, a assistência federal se concentrará nos limites do estado: rodovias, portos e aeroportos, dificultando a entrada de armas e drogas no Rio. Ele explicou que o objetivo é combater a lavagem de dinheiro e promover a asfixia financeira das organizações criminosas para impedir a atuação desses grupos.
Na última segunda-feira (23), pelo menos 35 ônibus, quatro caminhões e um trem foram incendiados. Além disso, duas estações de BRT foram queimadas e houve tentativas em mais três. À noite, a prefeitura da cidade chegou a decretar estágio de atenção, que é o terceiro nível em uma escala de cinco e significa que pelo menos uma região da cidade foi impactada por ocorrências com reflexos relevantes na infraestrutura e logística urbana, afetando diretamente a rotina por parte da população.
Há suspeitas de que as ações ocorreram em resposta a uma operação da Polícia Civil que resultou na morte de Matheus da Silva Resende, conhecido como “Faustão” ou “Teteus”, de 24 anos. Ele era sobrinho do miliciano e chefe do grupo paramilitar que atuava na Zona Oeste do Rio, Luis Antônio da Silva Braga, o “Zinho”. “Faustão” morreu após um confronto com a polícia, nesta segunda-feira (23), na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz, na Zona Oeste. Ele foi apontado como o segundo na corrida da milícia da região e é investigado por pelo menos 20 mortes. Segundo informações das autoridades, a ordem para os ataques teria sido do partido de Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito. De acordo com o setor de Inteligência das Polícias do Rio, o grupo paramilitar já está se organizando para colocar o criminoso no comando.







