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Polícia

Relatório Identifica Filho de Proprietário Rural como Responsável por Disparo que Causou a Morte de Indígena em Itapetinga

Peritos da Polícia Civil confirmam autoria do disparo que resultou na morte da líder indígena Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, na última terça-feira (23). O laudo de microcomparação balística revelou que o projétil extraído do corpo da vítima coincide com a arma de um jovem de 19 anos, filho de fazendeiros. Ambos estão detidos, junto com um policial militar aposentado de 60 anos, acusados de envolvimento no confronto armado entre indígenas da etnia Pataxó hã-hã-hãe e fazendeiros na zona rural de Itapetinga.

O inquérito policial aborda crimes de homicídio, tentativas de homicídio e associação criminosa armada. O policial militar reformado alega legítima defesa, enquanto o jovem é apontado como articulador do movimento “Invasão Zero”. O caso será julgado na instância federal, após determinação do juiz da Comarca de Itapetinga.

O conflito reflete a intensificação da rivalidade entre produtores rurais e povos originários, agravada pelas discussões sobre o marco temporal para delimitação de novas reservas. A fazenda em questão, originada por invasões nos anos 1970, enfrenta disputas por terras com situação fundiária incerta.

O Movimento Invasão Zero, convocado via WhatsApp, ganhou destaque, reunindo mais de 10 mil fazendeiros baianos. A Frente Parlamentar Invasão Zero, originada desse movimento, foi lançada com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, intensificando as tensões entre os grupos. Ministros e presidentes de órgãos indígenas participaram do velório e visitaram os feridos, enquanto clamores por investigações sobre grupos paramilitares associados ao ataque ecoam.

Fonte: Blog do Sena

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