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Polícia

MPSP denuncia líderes do PCC por lavagem de dinheiro e associação criminosa

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou denúncias à Justiça contra supostos núcleos de lavagem de dinheiro ligados a três grandes líderes do PCC: Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”; Odair Lopes Mazzi Júnior, apelidado de “Dezinho”; e Marcelo Rodrigues da Costa, também conhecido como “Dente” (falecido). No total, 26 investigados, incluindo Tuta e Dezinho, são acusados de ocultar recursos do tráfico, principalmente por meio da compra de imóveis de alto padrão.

Tuta desempenhou o papel de “sintonia final da rua” no PCC, sendo responsável pelo controle dos setores ligados ao tráfico de drogas. Dezinho e Dente, em momentos diferentes, atuaram como “sintonia final do progresso”, responsáveis pela logística do tráfico e pela movimentação financeira da facção, que movimentou mais de R$ 1 bilhão entre 2018 e 2019.

As denúncias foram protocoladas no último dia 25 e envolvem crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e organização criminosa. Elas fazem parte da operação Sharks, iniciada em 2020 para investigar líderes do PCC. Os documentos descrevem como os líderes da facção usaram familiares e laranjas para lavar o dinheiro do tráfico. Apesar de sua morte, Dente foi relacionado a 12 pessoas que teriam ajudado a ocultar os lucros da facção.

De acordo com a denúncia, Dente coordenava diretamente o tráfico de drogas, gerenciando sua distribuição. Já Tuta e Dezinho contavam com o apoio de pessoas próximas para ocultar os frutos da criminalidade, adquirindo aspecto de licitude.

Os líderes levavam uma vida de luxo, aponta a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Nas residências alvo da operação, a polícia localizou diversas joias, relógios e itens de luxo. Em contraposição, milhares de integrantes da facção que vivem nas cadeias e suas famílias 'têm uma vida pobre e miserável', afirma o MP

Tuta, além de ser denunciado pelo MPSP, teve um pedido de prisão preventiva. Ele é acusado, junto a mais nove pessoas, de lavar dinheiro do tráfico por meio da locação e compra de imóveis em diversas cidades. Dezinho, por sua vez, é descrito como uma das principais lideranças do PCC e foi denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e organização criminosa, junto a três outros investigados.

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