Polícia
Fernandinho Beira-Mar: Alegação de Transtornos Mentais Pode Alterar Destino do Traficante

Após 25 anos de uma sentença de 300 anos, Luiz Fernando da Costa, também conhecido como Fernandinho Beira-Mar, busca relatos de transtornos mentais como uma possível rota de fuga da pena. Em uma entrevista exclusiva ao Balanço Geral, o criminoso expõe sua perspectiva.
A defesa do renomado traficante argumenta que ele sofre de distúrbios mentais devido ao prolongado isolamento carcerário. Uma das principais razões apresentadas por Beira-Mar é a saudade insuportável de seus filhos. Capturado em 2001 na Colômbia, foi trazido ao Brasil, passando por diversos presídios federais e agora encontra-se em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Fernandinho Beira-Mar foi submetido a uma avaliação psiquiátrica para determinar a veracidade de seus supostos transtornos. Caso o diagnóstico confirme a condição, ele poderá receber tratamento psicológico fora das séries. Em uma entrevista exclusiva à Record TV, o ex-narcotraficante apresentou detalhes sobre sua vida criminosa. Ele argumenta que as pessoas não compreendem as razões que o levaram a certos caminhos, mas admite: “Nada justifica minhas ações”.
Além disso, a alegação foi condenada por crimes que não cometeu, como a Rebelião de Bangu, o que acrescentou 120 anos à sua pena. Afirma que mediou entre presos e a polícia não por ser “bondoso” ou um “líder”, mas para proteger sua própria integridade física.
Ao ser questionado sobre o número de vítimas de seus atos, Fernandinho preferiu não responder: “Deixa quieto”. Sobre sua vida monótona na prisão, descreve um estado quase vegetativo, recorrendo a medicamentos para conseguir dormir, tamanha a melhoria mental. “Aqui, estamos vivos enterrados”, confessa.
O crime também demonstra que não se lamuria pelo passado: “Em vez de remoer meus erros, foco no que posso fazer para não repeti-los e ter uma vida diferente no futuro”.
Outra revelação surpreendente é sua relação com líderes de organizações criminosas: “Já estive com a maioria da alta cúpula do PCC”. Além disso, admite que teria uma relação amistosa com membros de qualquer facção no Brasil.
Fernando aguarda agora os resultados dos exames que podem redefinir o curso de sua vida. A confirmação dos distúrbios mentais alegados pelo condenado pode ser o fator determinante para a “libertação” de um homem que, até então, estava fadado a passar o resto de sua vida atrás das séries.
Fonte: Portal R7