A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente detida em Roma e aguardando processo de extradição, recebeu uma transferência de R$ 5 mil do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, enquanto estava foragida da Justiça brasileira. A informação consta em relatório da Polícia Federal (PF), enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Vaquinha digital movimentou mais de R$ 300 mil
Durante o período de maio a junho de 2025, Zambelli arrecadou mais de R$ 300 mil por meio de uma campanha de financiamento coletivo promovida em seu site oficial, carlazambelli.com.br. A iniciativa, intitulada #JuntosComZambelli, orientava apoiadores a realizarem depósitos e transferências via Pix. A PF monitorou transações acima de R$ 500 e identificou que, entre os dias 8 e 24 de maio, a deputada transferiu R$ 339 mil de sua conta no Itaú para outra conta de sua titularidade na Caixa Econômica Federal.
Principais doadores identificados pela PF
Além de Luciano Hang, outros nomes e empresas aparecem como financiadores da campanha:
– LCG Paschoalino Ltda. – empresa de transportes com transferência registrada em 27/05/2025.
– Marcos Adolfo Tadeu Senamo Amaro – artista plástico e fundador do FAMA Museu, doador em 03/06/2025.
– Karina Zupelli Roriz dos Santos – secretária parlamentar no gabinete de Zambelli, doou R$ 3.187,62.
– Antônio Aginaldo de Oliveira – marido da deputada, transferiu R$ 2.000.
– Cristiane de Brum Nunes Marin – também doou R$ 2.000.
Campanha nas redes e críticas ao STF
A PF também identificou que familiares da parlamentar, como sua mãe Rita Zambelli, ajudaram a divulgar a campanha em redes sociais alternativas como Gettr e Substack. Nessas plataformas, foram encontradas mensagens bilíngues com críticas ao Judiciário e convocações para manifestações contra o STF.
A situação de Zambelli segue sob análise do STF, que investiga possíveis crimes de obstrução de justiça e financiamento irregular durante sua fuga.
Fonte: Terra
