Violência
Corpo baiano morto na megaoperação policial no Rio de Janeiro, chegou a Bahia

O corpo de Tarcísio da Silva Carvalho, baiano morto na megaoperação policial no Rio de Janeiro, chegou a Ilhéus nesta segunda-feira, 3 de novembro. Ele tinha uma longa ficha criminal e era um dos 12 baianos mortos na ação.
Contexto da operação
A megaoperação realizada no dia 28 de outubro de 2025 nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, foi considerada a mais letal da história do país. Ao todo, 121 pessoas morreram, entre suspeitos e policiais. A ação teve como alvo integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), que atua em diversas regiões do Brasil.
Entre os mortos, estavam 12 baianos, muitos deles com atuação direta no tráfico de drogas no Extremo Sul da Bahia, em cidades como Eunápolis e Ilhéus.
Identificação e traslado
O corpo de Tarcísio da Silva Carvalho, de 30 anos, foi identificado entre os mortos da operação e chegou ao Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, na manhã de segunda-feira. O sepultamento estava previsto para ocorrer ainda no mesmo dia, na cidade onde ele tinha familiares.
Tarcísio possuía passagens por roubo, tráfico e homicídio, além de ser apontado como integrante do Comando Vermelho. Ele estava entre os alvos da operação e morreu em confronto com as forças de segurança.
Atuação na Bahia
Segundo investigações, Tarcísio e outros baianos mortos na operação atuavam como lideranças e executores do tráfico na região do Extremo Sul da Bahia. Entre os nomes identificados estão:
– Rubens Lourenço dos Santos (“Binho Zoião” ou “BZO”) – chefe do CV na região
– Jônatas Ferreira Santos (“Grande” ou “Visão”) – liderança em Eunápolis
– Welington Santos de Jesus (“WL”) – executor do grupo
– Emerson Pereira Solidade (“Pity”) – responsável pelo abastecimento de drogas
Repercussão e investigações
A operação gerou repercussão nacional e levantou debates sobre o uso da força policial e o número elevado de mortes. A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que não havia mulheres entre os mortos, desmentindo boatos sobre a morte de uma suposta integrante conhecida como “Japinha do CV”.
Enquanto isso, a Polícia Civil da Bahia realizou uma operação paralela chamada Operação Freedom, com o objetivo de desarticular o núcleo armado e financeiro da facção no estado. Mais de 30 pessoas foram presas em Salvador e cidades do interior.

