O ex-deputado do PT Paulo Frateschi morreu nesta quinta-feira (6) após ser esfaqueado pelo próprio filho, Francisco Frateschi, durante um surto psicótico em sua residência na zona oeste de São Paulo.

Paulo Frateschi, de 75 anos, foi socorrido em estado grave ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. O ataque ocorreu pela manhã, na Rua Ponta Porã, no bairro da Lapa. Segundo informações da Polícia Militar, o filho do ex-parlamentar, de 34 anos, estava em surto e desferiu golpes de faca contra o pai, atingindo-o na cabeça, braço e abdômen.

A mãe de Francisco, Yolanda Maux, também foi ferida ao tentar intervir, mas sofreu apenas lesões leves. O agressor foi contido no local e encaminhado ao 91º Distrito Policial, onde permanece sob custódia para as providências legais.

Paulo Frateschi era um dos nomes históricos do Partido dos Trabalhadores em São Paulo. Além de deputado estadual, foi presidente do diretório estadual do PT e ocupou o cargo de secretário municipal de Relações Governamentais na gestão de Fernando Haddad na prefeitura paulistana. Durante a ditadura militar, Frateschi foi preso e torturado por sua atuação política.

Amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Frateschi enfrentava uma trajetória marcada por perdas familiares: dois de seus filhos já haviam falecido em acidentes de carro. A tragédia desta quinta-feira aprofunda ainda mais o drama vivido por sua família.

O Partido dos Trabalhadores divulgou nota lamentando profundamente a morte de Paulo Frateschi, destacando sua dedicação à luta democrática e aos direitos sociais. A sigla também prestou solidariedade à família e amigos do ex-deputado.

A polícia segue investigando as circunstâncias do crime, incluindo o histórico de saúde mental do agressor. A tragédia reacende o debate sobre o acompanhamento psicológico de pessoas em surto e os riscos que podem representar para si e para os outros.