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Dinamarca dá passo decisivo para blindar cidadãos contra abusos da inteligência artificial, Brasíl começa a discutir o assunto

Foto: Pixels

A Dinamarca está na linha de frente de uma discussão cada vez mais urgente: o uso indevido da imagem e da voz das pessoas por meio de tecnologias de inteligência artificial. Com a ascensão de montagens digitais hiper-realistas, o governo propôs uma legislação que permite aos cidadãos solicitar a remoção de vídeos, áudios ou fotos gerados por IA sem consentimento.

A medida surge como resposta ao avanço dos chamados deepfakes — conteúdos manipulados digitalmente que podem induzir ao erro, ferir reputações ou gerar implicações legais. A proposta reforça o direito à identidade digital, colocando a ética e a privacidade no centro do debate sobre tecnologia.

O foco é simples, mas poderoso: garantir que ninguém seja transformado digitalmente sem sua permissão. A iniciativa também deve impulsionar a discussão internacional sobre limites e responsabilidades no desenvolvimento da IA generativa.

O mundo reage aos deepfakes: como diferentes países estão protegendo imagem e voz

Com o avanço da inteligência artificial e a popularização dos deepfakes, diversos países estão criando leis para proteger a identidade digital dos cidadãos. Veja como algumas nações estão lidando com esse desafio:

Dinamarca

– Propôs uma lei que garante aos cidadãos o direito de pedir a remoção de vídeos, áudios e imagens gerados por IA sem consentimento.

– A proposta inclui indenizações e responsabilização das plataformas digitais.

– Paródias e sátiras continuam permitidas.

– A Dinamarca quer levar essa pauta à União Europeia para criar um padrão legal europeu.

União Europeia

– O AI Act classifica conteúdos gerados por IA em categorias de risco e exige transparência para deepfakes, como marca d’água e aviso de origem.

– A diretiva sobre violência contra mulheres criminaliza a criação de conteúdo sexual falso com IA.

– Países têm até 2027 para implementar essas regras.

França

– Atualizou seu código penal para proibir o compartilhamento de deepfakes sem consentimento.

– Penalidades incluem até 3 anos de prisão e multas de até €75 mil para conteúdos pornográficos falsos.

– A Arcom, agência reguladora, pode obrigar plataformas a remover conteúdos ilícitos.

Reino Unido

– Leis recentes punem a criação de pornografia deepfake com até 2 anos de prisão.

– A Lei de Segurança Online obriga plataformas a remover proativamente imagens sexuais não consentidas.

– Multas podem chegar a 10% da receita global das empresas.

BRICS (incluindo Brasil)

– Defendem o pagamento de direitos autorais pelo uso de dados em IA.

– Reivindicam governança global da IA que atenda às necessidades dos países do Sul Global.

– O Brasil ainda não tem uma lei específica, mas há discussões em andamento sobre regulação.

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