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Tensão na América Latina: Cresce o risco de conflito entre EUA e Venezuela com envolvimento da China

Foto:Reprodução

A América Latina vive um momento de inquietação geopolítica sem precedentes. Os Estados Unidos enviaram seis navios de guerra, incluindo um submarino nuclear, para a costa da Venezuela, em uma demonstração de força que reacende temores de uma escalada militar na região. A justificativa oficial de Washington é o combate ao narcotráfico, mas analistas apontam que a ação também visa pressionar diretamente o governo de Nicolás Maduro, acusado de liderar o cartel de Los Soles e de envolvimento com o tráfico internacional de drogas.

A frota americana inclui três destróieres da classe Arleigh Burke — USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson — equipados com mísseis Tomahawk, sistemas de defesa Aegis e helicópteros MH-60 Seahawk. Além disso, o grupo anfíbio USS Iwo Jima, USS Fort Lauderdale e USS San Antonio foi mobilizado com cerca de 4.500 fuzileiros navais. A operação é considerada uma das maiores mobilizações militares dos EUA na América Latina em anos.

Em resposta, Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos e reservistas, classificando a ação dos EUA como uma “agressão imperialista” e prometendo que “nenhum império tocará o solo sagrado da Venezuela”. Paralelamente, Maduro se reuniu com o embaixador da China, Lan Hu, reforçando a aliança estratégica entre os dois países. A China, por sua vez, condenou o envio dos navios americanos e declarou oposição a qualquer violação da soberania venezuelana.

Posição da China

Durante coletiva em Pequim, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que “nos opomos ao uso ou à ameaça de força nas relações internacionais e à interferência externa nos assuntos internos da Venezuela sob qualquer pretexto”. A declaração foi interpretada como um sinal claro de apoio diplomático a Maduro, embora não tenha havido confirmação de apoio militar direto.

A escalada de tensões preocupa países vizinhos e organizações internacionais. Embora especialistas considerem improvável uma invasão militar direta, o custo elevado da operação e o tom agressivo das declarações sugerem que os EUA estão dispostos a manter pressão máxima sobre Caracas. A presença chinesa adiciona uma camada de complexidade ao cenário, transformando o Caribe em um novo palco de disputa entre potências globais.

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