
O ex-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e ex-prefeito de Belo Campo, Quinho Tigre (PSD), aliado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), avaliou que o cenário político para as eleições de 2026 ainda está indefinido e fez um alerta ao grupo governista. Segundo ele, apesar da leve vantagem de Jerônimo por estar no poder, o pleito será “difícil” e exigirá mais atenção à base política.
“Eu acho que está indefinido ainda, embora tenha uma leve vantagem do governador Jerônimo, que está no poder, que a Bahia hoje conhece, mas naturalmente a eleição será difícil, será dura”, afirmou Quinho, que também é pré-candidato a deputado estadual, em entrevista ao Políticos Sul da Bahia neste sábado (25).
O ex-prefeito ressaltou que a oposição tem se articulado “de forma coerente” no interior e que o governo precisa resolver os “ruídos” entre os partidos da base aliada para chegar fortalecido ao pleito. “É necessário que esses ruídos que hoje acontecem entre partidos, principalmente da base, sejam solucionados no que tange à participação da chapa”, observou.
Quinho sugeriu que as definições sobre alianças e candidaturas sejam consolidadas até o pós-Carnaval de 2026. “Nós temos aí mais dois meses deste ano de 2025 para as conversas acontecerem e o pós-Carnaval fechar de forma definitiva, para que nós tenhamos tranquilidade de fazer com que as pessoas possam compreender e fazer um paralelo entre o que está acontecendo hoje e o que pode acontecer no futuro”, declarou.
Ele também lembrou que a vitória de Jerônimo em 2022 foi apertada e que o desgaste de duas décadas de governos petistas no estado impõe novos desafios. “Em 2022, vencemos com apenas 2% de diferença. Além disso, existe um desgaste natural que são os 20 anos de governo do PT. É necessário rever algumas questões, pontuar, voltar um pouco para a base para compreender a dinâmica do jogo”, afirmou.
O ex-presidente da UPB ainda defendeu uma mudança na condução da articulação política do governo, para fortalecer a relação com lideranças municipais. “A articulação política precisa saber a importância do voto. Quando você tem um articulador que conhece a angústia de perder um eleitor, deixar um companheiro no caminho, isso é muito importante. A sugestão que eu faço para Jerônimo é rever as articulações políticas para que não perca aqueles que foram aliados em 2022, em detrimento daqueles que possam ainda ser aliados em 2026”, concluiu.
Fonte: Off News







