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Entidade pede que mãe de Daniel Alves seja investigada

Maria Lúcia Alves publicou, em sua página no Instagram, imagens da mulher que acusa o jogador de estupro na Espanha

A União Brasileira de Mulheres (UBM) solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) a abertura de uma investigação criminal contra Daniel Alves e sua mãe, Maria Lúcia Alves, devido à exposição da vítima do estupro do qual seu filho é acusado. O caso está em andamento em sigilo judicial na Espanha. A entidade alega que Maria Lúcia cometeu o crime de violência psicológica contra a mulher, conforme previsto no artigo 147-B do Código Penal Brasileiro. Esse delito caracteriza-se por causar dano emocional à mulher, prejudicando seu desenvolvimento ou visando degradar e controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, por meio de ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, restrição à liberdade de locomoção ou qualquer outro meio que prejudique sua saúde psicológica e autodeterminação. Se condenada, Maria Lúcia pode enfrentar uma pena de 6 meses a 2 anos de prisão, além de multa.

Em uma postagem nas redes sociais, Lúcia Alves atacou a mulher e questionou se ela realmente estava sofrendo após o abuso, mencionando sua intenção de receber indenização. Ela também compartilhou fotos e vídeos da jovem se divertindo em bares e festas nos últimos meses. Este fato chamou a atenção da imprensa internacional, pois até então o nome e o rosto da vítima não haviam sido revelados.

Na noite de 30 de dezembro de 2022, o jogador Daniel Alves entrou em uma boate em Barcelona e forçou relações sexuais no banheiro da área VIP contra a vontade dessa mulher. Ele aguarda julgamento, marcado para o dia 5 de fevereiro. A presidente da entidade que solicitou a investigação contra a mãe de Alves, Vanja Andrea, afirmou ao O Globo que a exposição feita por Maria Lúcia é “um desserviço à luta das mulheres“.

De acordo com Andrea, essa exposição submete a vítima a um processo ainda mais violento, envolvendo a difamação de sua imagem e a violação de seus direitos mais básicos, como o direito de ir e vir, de se divertir e de buscar a felicidade, mesmo diante das circunstâncias traumáticas.

Fonte: O Antagonista

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