
O Haiti, uma nação marcada por tragédias e sofrimento, enfrenta tumultos inimagináveis nas últimas semanas. As cenas são chocantes: pessoas obrigadas a abandonar suas casas por bandos armados, correndo pelas ruas em busca de segurança, enquanto balas cruzam o ar.
No último fim de semana (10), a embaixada dos EUA, juntamente com outras missões diplomáticas, começou a evacuar o país. A ordem pública desmoronou, com pouca ou nenhuma proteção policial. O primeiro-ministro haitiano Ariel Henry, retido em Porto Rico há dias, anunciou sua renúncia, abrindo caminho para um conselho de transição.
“O Haiti precisa de paz. O Haiti precisa de estabilidade”, declarou Henry. No entanto, essas palavras parecem distantes da realidade, com poucas perspectivas de paz para esta nação caribenha em crise.
A agitação no Haiti tem raízes profundas na corrupção endêmica e no domínio oligárquico. Uma elite controla a economia, enquanto a maioria da população luta na pobreza. Grande parte da ajuda internacional destinada ao Haiti beneficia apenas os privilegiados, enquanto o resto da nação enfrenta dificuldades crescentes.
Além da corrupção, o Haiti sofre com sua história de opressão e exploração, desde os dias da escravidão até o neocolonialismo. Mesmo após conquistar sua independência, o país foi deixado à margem pelas potências globais.
A atual crise é agravada pela atividade das gangues, muitas das quais têm laços com a elite política e empresarial. A ONU e outros órgãos impuseram sanções a líderes de gangues e membros da elite haitiana por seu envolvimento em atividades criminosas.
Apesar da história trágica do Haiti, a resposta da comunidade internacional tem sido em grande parte inerte. Mesmo com os apelos desesperados por assistência, a ajuda militar foi negada, e as operações de paz da ONU foram marcadas por falhas.
À medida que o Haiti enfrenta mais uma crise, resta saber se as eleições e os esforços de transição podem trazer estabilidade. Muitos haitianos acreditam que a solução requer um envolvimento contínuo dos EUA e da comunidade internacional.
Embora o Haiti enfrente desafios monumentais, há esperança de que, com a assistência certa, a nação possa finalmente encontrar um caminho para a paz e a prosperidade. No entanto, essa jornada exigirá um compromisso duradouro e uma abordagem colaborativa para superar os obstáculos que há muito afligem o país.