A Justiça de São Paulo rejeitou o novo pedido de prisão feito pela Polícia Civil de São Paulo contra o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, envolvido em um acidente fatal na madrugada do último domingo (31), no qual um motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana, perdeu a vida. Na decisão, o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1° Vara do Júri, justificou que não há indícios suficientes para sustentar a prisão preventiva do suspeito.
O juiz ressaltou que, embora a Polícia Civil tenha levantado temores de que o suspeito poderia fugir, ameaçar testemunhas ou suborná-las, não há evidências concretas de que Fernando tomaria tais medidas. “Não há razões jurídicas que autorizem concluir a hipótese de sua fuga do distrito da culpa, pois inexistem nos autos do caderno investigativo indícios deste comportamento”, afirmou o magistrado em sua decisão.
Além disso, o juiz observou que o investigado se apresentou voluntariamente à polícia e prestou sua versão dos acontecimentos. Ele não possui antecedentes criminais e tem endereço fixo.
Embora tenha negado o pedido de prisão, o juiz destacou que o comportamento de Fernando, ao deixar o local do acidente com a ajuda da mãe, é um fator que precisa ser investigado mais a fundo. Por isso, o empresário está proibido de deixar o país e deve informar à justiça caso saia de São Paulo por mais de oito dias. Ele também não pode se aproximar ou entrar em contato com o amigo ferido no acidente, familiares da vítima ou testemunhas, e está proibido de retornar à casa de Poker, onde estava antes do incidente.
Além disso, o juiz determinou que Fernando deposite em conta judicial, em até 48 horas, o valor de R$ 500 mil como fiança, para garantir eventuais reparações de danos à vítima sobrevivente e aos familiares da vítima fatal. A suspensão da permissão para dirigir veículos automotores e a entrega do celular usado na noite do acidente para a polícia também foram ordenadas.
