O síndico de um condomínio localizado na Avenida Ministro Edgard Romero, na Zona Norte do Rio de Janeiro, vai convocar uma assembleia para discutir a possibilidade de pagar uma taxa mensal de proteção aos traficantes que controlam uma favela próxima, no Morro do São José. A reunião está agendada para o dia 13 de maio, e o principal item na pauta é a aprovação de um pagamento de R$ 1.800 a partir de maio de 2025.
O caso veio à tona após denúncia de moradores e foi divulgado pela Bandnews, levando a polícia a abrir investigações. A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) vai instaurar um inquérito para apurar a suposta extorsão praticada por traficantes na região.
Segundo o próprio síndico, a cobrança estaria relacionada a uma tentativa de garantir proteção contra roubos, assaltos e outros crimes realizados pelo grupo criminoso que domina o tráfico de drogas no território. Essa prática de pagamento de “taxas” de segurança é comum em bairros sob domínio de facções criminosas ou milícias, especialmente em áreas como a Serrinha, que inclui o Morro do São José. Desde 2020, há registros de denúncias similares de extorsão contra comerciantes na região.
Embora a polícia afirme não ter registro de outras vítimas de extorsão em residências específicas, ela reforça que a cobrança de valor para evitar ataques é uma estratégia frequente em comunidades sob controle de criminosos. O caso está sendo aprofundado pelas autoridades para esclarecer a extensão e os detalhes dessa suposta prática.
Por Eduardo Neres Toca News
